Beatificação João Paulo II
18 de maio de 1920.
Batizado Karol (Carlos) Joseph, em 20 de julho do mesmo ano. Chamado pelo diminutivo Lolek ou Lolus (Carlinhos).
O pai também se chamava Karol. Karol Wojtyla, nascido em 1879, foi oficial de intendência do exército austríaco até a recuperação da independência da Polônia, em 1918. Deixando o exército austríaco, ingressou no polonês e passou a exercer funções administrativas em Wadovice. Faleceu durante a segunda guerra mundial, em 18 de fevereiro de 1941, com 62 anos.
A mãe chamava-se Emília Kaczorowska. Faleceu quando Karol tinha apenas 9 anos, em 1929. Teve um irmão e uma irmã, ambos mais velhos do que ele. O irmão, Edmond, formou-se em medicina. Morreu em 1932, vítima de epidemia de escarlatina. A irmã morreu com apenas alguns dias de vida, em 1914. Karol foi o único sobrevivente. Aos 21 anos, ficou sem pais e sem irmãos. A família era humilde e sofrida
Wadovice, a 30 Km de Cracóvia, considerada capital religiosa da Polônia, às margens do Skawa e no sopé dos Beskides. Tinha em torno de nove mil habitantes em 1920, dos quais, dois mil, mais ou menos, eram judeus. Um dos grandes amigos de Karol foi um judeu. Este amigo testemunha que Karol, ao contrário dos demais conterrâneos, nunca teve qualquer indelicadeza para com os judeus. Hoje, a cidade tem quinze mil habitantes.
O amigo judeu registra que, com 13 ou 14 anos, Karol, ajudado por um dos seus professores, fundou um grupo de congregação mariana. Fundou também uma pequena companhia teatral.
Em 1938, a fim de que Karol pudesse continuar os estudos, o pai mudou-se com ele para Cracóvia. Passaram a morar num apartamento pequeno e modesto, de apenas dois aposentos. Karol inscreveu-se na faculdade de letras da Universidade e também na "Escola de arte dramática". Passou a freqüentar sua nova paróquia, dirigida pelos salesianos, que tinha Santo Estanislau Kostka como padroeiro.
Foi em Cracóvia que Karol enfrentou as conseqüências da segunda guerra mundial. Abalada pelas múltiplas dificuldades da guerra, a saúde do pai declinou rapidamente, vindo a falecer em 1941. Encontrando-se sozinho na vida, Karol foi a Wadovice e convenceu um jovem amigo e seus pais a morarem com ele em Cracóvia. A mãe do amigo passou a cuidar da casa, o pai trabalhava de motorneiro, e os dois jovens estudavam e faziam teatro juntos. Em 26 de outubro de 1939, o governador ordenou serviço obrigatório para todos os poloneses de 18 a 60 anos. Quem não estivesse empregado, não teria a permissão alemã de livre circulação. Para fugir à perseguição do nazismo, Karol empregou-se na usina química Solvay. Inicialmente, o trabalho de Karol era numa pedreira, depois foi transferido para a usina propriamente dita. Pelo teatro e por outras articulações, Karol colaborou intensamente na resistência dos poloneses contra os invasores nazistas. Para despistar a polícia e não ser preso, precisou deslocar-se diversas vezes de um lugar para outro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário